Comunicar saúde e as metas de Segurança do Paciente

segurança do paciente
janeiro 27, 2022

A Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que 80% dos danos causados por eventos adversos, popularmente conhecidos como “erros médicos” podem ser evitados. Por isso, as metas de segurança do paciente foram preconizadas e estabelecidas em todo o mundo.

No Brasil, as metas foram introduzidas em 2013 através do Programa Nacional do Paciente (PNSP) instituído pelo Ministério da Saúde (MS) por meio da Portaria 529, de 1 de abril daquele ano.

 São elas:

  1. Identificação correta do paciente
  2. Comunicação eficaz com profissionais e com pacientes
  3. Segurança na prescrição, no uso e na administração de medicamentos
  4. Cirurgia em local de intervenção, procedimentos e paciente corretos
  5. Higienização das mãos para evitar infecções
  6. Redução e prevenção do risco de queda e de úlceras por pressão

É obrigatório por partes dos hospitais o desenvolvimento e implementação do Plano de Segurança de Paciente (PSP), conforme definido pela RDC 36/20138. O documento é necessário para nortear as ações institucionais voltadas para a segurança do paciente, que tem como objetivo principal cumprir as 06 metas de segurança do paciente.

O PSP é, em síntese, o planejamento estratégico para a segurança do paciente, devendo ser parte integrante do plano estratégico da organização, baseando-se na missão, visão e valores do serviço de saúde. O PSP deve dialogar com os planos de recursos humanos, de informação, de ambiente, de gestão de resíduos, com o programa de prevenção e controle de IRAS e outros planos ou programas existentes no serviço de saúde.

Nesse contexto, o fortalecimento da Comunicação Interna é fundamental como parte desse processo de melhoria da qualidade. Pois deve ser de conhecimento de todos os profissionais, fornecedores e pacientes da instituição as ações previstas no PSP, desde a alta administração até os profissionais que atuam indiretamente com o paciente.

O PSP é o documento que expressa a relevância que a Segurança do Paciente possui no hospital, por meio da definição de prioridades direcionadas pelas metas do MS. Comunicar as metas, comunicar o PSP, engajar os profissionais, divulgar resultados das áreas, implementar o manual do paciente, estruturar e manter os canais institucionais alinhados com o Plano, dentre outras atividades da Comunicação Interna, se requer um planejamento de comunicação integrada que irá definir as políticas de comunicação para implementar um plano de ação de comunicação integrada que irá contribuir diretamente na Segurança do Paciente.

A Implementação de práticas seguras no ambiente hospitalar inclui todas as áreas da instituição e a área de comunicação interna é estratégica para unificar o discurso de cada área e sua especificidade com foco no resultado da melhoria do cuidado pautada pelas metas de segurança do paciente.

A gestão de riscos e redesenho de processos é prioridade para o cumprimento das metas, porém para engajar as lideranças e cada profissional das áreas seja ligado direta ou indiretamente ao manejo do paciente, campanhas de comunicação interna são fundamentais nesse processo para engajamento, sentimento de pertencimento e comunicação técnica e de resultados.

A identificação de estratégias que conectem a liderança e os profissionais da linha de frente do cuidado precisam da comunicação interna para disseminação dessas estratégias nos canais do hospital, além da comunicação técnica feita entre liderança e equipe.

Sem falar que a necessidade de formação e de avaliação da cultura de segurança do paciente requer implementação de processos, tecnologias e estratégias que requer treinamentos. Tais treinamentos são divulgados pela comunicação interna para comunicar sua importância, divulgar a participação das equipes e publicar nos canais do hospital para engajamento e desenvolver o sentimento de pertencimento.

A área de Comunicação Interna é de extrema importância para os hospitais, especialmente no processo de melhoria do cuidado e segurança do paciente. Deve estar estrategicamente alinhada as metas de segurança do paciente visando à prevenção e mitigação de incidentes em todas as fases de assistência do paciente.

Uma ação simples, como um cartaz divulgando a identificação correta do paciente, por exemplo, faz com que o paciente ao ler o cartaz em na espera de um procedimento que poderá fazer com o mesmo confira se o seu nome está escrito e isso pode evitar a troca de uma medicação devido ao nome trocado em uma pulseira.

É nesse sentido, que nós, Dose Única – Comunicação em saúde através de uma consultoria de comunicação para área hospitalar poderá desenvolver um diagnóstico completo e desenvolver um planejamento de comunicação alinhado às práticas seguras.

O olhar sistêmico de que não basta apenas desenvolver conteúdo, postagens nas redes sociais, sem participar de todo o processo que as práticas seguras exigem, o resultado da comunicação interna não será exitoso e muito menos estratégicos.

Destaco como principal fonte para desenvolver práticas seguras e o alinhamento das ações o Relatório Tornando o Cuidado mais Seguro III, publicado em 2020 que teve seu sumário executivo traduzido e com acesso aberto pelo Proqualis da Fiocruz.

ESG na agenda corporativa da saúde

ESG na agenda corporativa da saúde

ESG – Environmental, Social and Corporate Governance a sigla em inglês que traduz o futuro da gestão e da reputação das organizações no mundo, corresponde às práticas ambientais, sociais e de governança de uma organização. Na área da saúde, especialmente as organizações de assistência, ESG como uma tendência de mudança de cultura organizacional, num período de pandemia, de grandes desafios, traz um olhar para caminhos que já estão sendo percorridos e que podem contribuir no processo de mudança para ESG.